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Livro Memórias de um sonho

01/04/2014 16:27

MEMÓRIAS DE UM SONHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fernando Henrique Sabino

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este é o sonho de um sonhador.

O meu sonho.

Fernando Henrique Sabino

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A mente se aproxima, enche-me a alma.

O sol inunda o meu ser, os sonhos harmoniosos invadem os meus ouvidos.

O aroma da vida me afoga, mas se neste dia não vejo você, de prantos me acabo, até o sol no horizonte descer, e a espera de outro dia nos teus braços eu adormecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apresentação

 

 

Ao escrever nada de pensamentos.

Queria eu apenas demonstrar um sonho que eu tive um dia.

Foram apenas pensamentos que eu tive durante o tempo.

Eu só queria tentar entender o mundo por um segundo.

Foi assim que sem querer as palavras foram aparecendo, e neste pude comprovar que eu tinha chegado perto do que queria dizer.

Se você tentar entender o que acontece dentro de você isso será possível, basta tentar.

A falta da convicção do escrito pode estar fora dos padrões normais.

Ao ler eu peço, não tente entender o normal, procure o extraordinário o sentimento que está dentro de cada um.

Liberte os seus sonhos e a compreensão lhe abraçará.

E que o mundo entenda o meu sonho, a minha memória.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Amizade

 

Amizade é um laço.

É como um nó, difícil de desatar.

É como uma planta, que se deve cultivar.

Amizade é gratidão.

É como uma luva, que cobre a mão.

Amizade é uma conquista.

Fácil de alcançar.

É um dom da vida.

Que todos têm para dar.

É a sua.

E sempre ira lembrar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paciente

 

Quem paciente é ao seu tempo alcança.

Visto que a futilidade da vida no decorrer dos tempos passados transforma ao ruim,

O bom, paciente, amado.

Quem suspira por algo que agora jaz,

só encontra, mesmo que pouco, o que conquistou, escondido estás, tempos atrás.

Não e a vida que faz o viver,

mas o temo que completa o ser.

Na infantilidade que finda,

pensa tudo na vida vem a lhe pertencer.

Uma luz brilha.

Radia claridade que me invade.

Lealdade, liberdade, lema, sentimento confuso que destorce, torce o pensamento.

Em uma hora que você esta a decidir, mas não pode sorrir.

Não sabe o que fazer.

Que facilidade se não fosse o que esta sendo.

Que culpa eu tenho.

Sou só alguém que quer ir além, com quem amo.

Porém não sei quando vou chegar.

Sinto-me só, senhor de ninguém.

Como muitos por ela passaram.

Enfrentar cruel face.

Que me impede de seguir.

Determinado que sou. Conseguir a façanha.

Seguir a linha desta teia de aranha.

Achar ao tempo, o término, me fim!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Penso

 

Penso.

Sonho?

Realizado está!

Nossas vidas, no fundo, pelos dias vivendo.

As noites nos entregando, os anos passando os sonhos realizados.

Pela vida nos encontrando, juntos nos encontrando.

Ao tempo vivendo, sempre o viver trás o amor, amar perdição.

Você que deseja, vem a ter predileção.

Realizar suas fantasias.

Acabar com essa obsessão.

Amar alguém como nunca.

Preencher seu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Minha vida

 

Minha vida.

Todo tempo eu disse não,

mas por dentro sim.

Você tem sua culpa por ser algo da perfeita geometria da natureza.

Por tanta beleza.

Perdi-me por amores sem fim.

Não sei mais o que é tristeza, só esperança de sermos você e eu.

Felizes assim.

Eu vivendo para você e você para mim.

Durante este tempo estive preso.

Não pude meus sentimentos revelar.

Algo maior que tudo me privando de respirar,

mas era necessário meu futuro iniciar.

Durante muito tempo me privei.

Hoje eu descobri, foi melhor assim.

Essa coisa foi crescendo tomou conta de mim,

não mais posso viver sem você a razão do crime.

Alto pico de minha determinação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rotina

 

Não querem nada comigo nem me olham assim, vaga gente.

Isso deteriora minha mente.

Amor eu nunca tive, mas sigo em frente.

Por ser rejeitado não me sinto diferente.

Levando a fronte e seguindo em frente.

Não ligo para o amanhã, vivo o hoje que é mais emergente.

Não me distingo do ser, sou transcendente.

Sou um grande observador.

Presto um culto à forma a qual sou descendente.

Versos que passam ao tempo.

Tempo de poesia.

Reflexos da minha vida.

De triste sina incorruptível, me fascina.

Momentos desta rotina,

que os olhos se curvam.

As revoadas calam a noite solitária.

O equivoco transtorna a mente.

Não consigo lembrar de coisas assim de repente.

Vivo a olhar para lindas gazelas, que garbo.

Na mente me gabo sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pobreza

 

Pobre na pobreza os mais lindos seres.

Ricos em beleza, amor sentimentos que não desprezes mundo.

No fundo dar-se uma chance.

Choro, tão tolo encobre inunda a face.

Rombo, já logo corrompe e esmaga na vida.

Esperança, balança, não cai nem delira, desliza, não morre, se destrói na primeira esquina.

O amor, nesta vida, mais que a vida vale mais que a morte paga, a distância se solidifica, atração, traça, retalha, espatifa.

Arrasa no chão a vida.

Não querer nada disso e saber que a paz e beleza, alegre amor torna.

Amor que agora em meu peito transborda.

O motivo de minha alegria é ter no grande amor que me é dado, a complexidade de amores encantados.

Descobri que ela por mim e eu mais por ela estou apaixonado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lua

 

Na note escura, lua!

Lua ó lua,

que na noite crua,

chama a vê-la.

Não e certo mortal,

traíres assim.

Quando seus raios derramam,

no coração se inflama,

a fúria mortal.

A divinal força que chama,

ao seu juízo final.

Não há vivente mortal,

que escapou da sua chama,

nem caiu no seu mal.

Ao designo ama,

não de gostar, mas prisão, cárcere, dormente,

onde no qual toda gente, quer se matar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Solidão

 

Visto agora que passa à frente.

O vácuo que atrofia a audição, sonora.

A realidade da razão perturbante.

A linguagem linguística, furtiva se torna.

E só um segundo,

pensando no mundo.

A mente foge e volta trazendo junto a si, o obscuro exterior negro.

Não fujas capaz é.

Não diga mentiras destas.

Uma louca vontade,

porém só, sendo combatida.

Combatendo sozinha uma só sina, futuro seu.

Um raio parte.

A verdade trazida, de repente tolhida.

Um destino conseguido, perdido estas.

E muito fácil se verificar.

Não deixe a vida à perdição.

E se aniquilar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mundo

 

Bem que agora venho a resumir,

este pueril momento servil,

do ser a subsistir.

Parte já lágrimas não findas.

A ilusão vence a razão.

Nessa escuridão negra e linda.

O viver não é tudo.

A vida enternece a alegria.

Não subsiste mentalidade no mundo,

mas um só momento.

Penso o ser não é se não é.

E o ser não tem se não é.

Aqui no monturo penso e desisto.

Só será aquele que é e só é aquele que tem.

Não digas mentes,

e deleitas em meu desdém.

Não digas jazi,

e no convívio castra o olhar.

Vedes só que a visão não determina,

mas a mente traça em atos a sua sina.

Visto que no momento crucial a perda, morte sua, não significa derrota,

pois ao viver neste mundo sujo,

do deleite de incrédulos, a conquista vem de suas realizações não dos falares, mas do seu próprio julgo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estou a te esperar

 

Na janela, as estrelas a olhar,

e nas paredes vejo você passar.

Fixo-me ao telefone esperando você ligar,

ou talvez pela porta possa entrar,

mas você não vem.

No meu coração a triste dor de não ter.

O meu pranto rola ao pensar, que posso te perder.

Nem posso imaginar, se isso acontecer eu irei morrer.

E você ausente.

Então a tristeza corrompe todo meu ser.

Não posso mais sofrer assim.

Quando você chegar, quem sabe eu estarei a te esperar.

Se não vier logo não posso mais aguentar,

será meu fim.

Eu estou a te esperar.

Porque não?

Irei sempre te amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Angustia de onde foi meu lugar

 

Na terra seio que um dia foi seu lugar.

Raios de sol fulgurantes à janela penetrar.

A angustia, solidão sempre no ar a pairar,

donde levantou o sol.

Luz nos grilhões a cintilar.

Cor purpura a corações dominados.

Digas sabe, perdeste a cor ou tão libido fulgor da magoa a perder.

Receios infinitos, pensar obscuro.

Morte, palavra a rodear.

Passo torpe da distância iníqua da beleza sórdida.

Não mais, algo passo declarar, não considero aqui pertencer.

A vergonha me torna apenas um displicente.

No sonho, sonhei, ao acordar continuo a sonhar.

O homem evolui, mas não deixou de ser animal.

Tanta inteligência se tornou irracional.

A vida a tristeza e nada mais.

A esperança destrói o incapaz.

A alegria é termo de vida que renova a cada dia.

E neste mundo tão cruel que os homens são animais,

cada pessoa destrói o outro pela chance de viver muito mais.

Da riqueza do poder de tudo que é capaz,

provar que os gananciosos se alimentam como canibais.

Na verdade se isto é ser homem eu não sou.

Sou de outro mundo,

onde preservar a vida é um dos grandes ideais.

Sou do tempo que os homens caçavam,

também pescavam para poder sobreviver.

Hoje ele caça com armas tão letais.

Que destrói a si mesmo.

O mundo interno se trai.

Assim um dia não poderá, na boa terra, viver nunca mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pior

 

Pior que amar e não ser correspondido

é manter um amor escondido.

Amar e ser amado.

Querer e não poder amar.

Quando as noites convidam,

uma chuva de estrelas, caindo sobre a terra

e a imponente lua que o universo encerra.

Querendo perto estar,

porém longe e tão próximo se encontra,

pois distintas são as almas, mas se confundem as mentes.

Um pensamento só, como água corrente.

Corre por entre os dedos.

Não é preso nem ao menos por corrente.

A opressão invade delimitando a razão fútil.

As lagrimas rolam num pranto sutil.

A vida impera emoção convicta da situação.

A fuga, não se evita, se busca, e esta ofusca o coração.

Ao fim terá a morte ou vida, a realidade acabada.

Quem está assim foges a si e vens a mim.

Porque entre tantas águas que correm.

Tantas luas passaram, tantas flores caíram, tantas coisas ganhei.

Creio que por um minuto fui amado.

Minha compreensão se delimita,

entre o sol nascente e poente,

entre a beleza do canto dos pássaros,

do ver das florestas,

de alguém que na areia da praia deixa seus passos.

Não só, mas acompanhado,

pois eu me denomino a razão de um, que não pode viver só, mas sempre acompanhado.

Razão de um apaixonado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É aqui

 

Na escola se aprende a organização da democracia.

Histórico de uma humanidade bandida.

Visto a noite o sol nascer nesta pátria corruptora.

É aqui!

Sociedade socialista, capitalista monopolizada, entristeceu país comercial, industrializado.

Dantes da antiguidade oprimida.

Comunidade primitiva, a sociedade escravista, os costumes da idade antiga a evolução da indústria.

As revoluções do movimento socialista.

É aqui!

E para frente se retorna um passo a cada dia.

De tristeza e de fome se morre perdida, essa classe indigente, engordando tanta gente de alma fria.

É aqui!

Diga agora conterrâneo, um exemplo desta base desmedida.

Adulaste do exterior,

pela proposta convencido.

Mude isso, critique as regras, não entre neste jogo perdido.

Tenha consciência meu irmão, só vive neste mundo,

quem a vida critica.

É aqui!

Digo só uma última frase.

Mude, mude agora, sua vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O sonho

 

Você faz o que eu sou.

Vivendo o profundo.

No seio materno do viver.

Tornando-me semblante reflexo tocante da luz.

O mais que o forte, pura sorte, razão do meu ser.

Trovão que corta, ressoa forte, a fúria de sofrer.

Porque se ao mundo vens constrangido humilhado,

as magoas passadas o futuro transforma.

Se assim choras entristece meu peito.

Razão do suspeito.

Moralidade furtiva.

Os fatos, fatores, forjados.

Indignação de minha liberdade restringida,

pois chora união obstruída.

Comenta a morte, seu sonho, a dor destruir.

A imagem de alguém, por quem, sentimentos fortes vêm a sentir.

Quando ao tempo,

um sonho é mantido entre tristezas, lágrimas se passa,

até perder-se o sentido.

Suporta-se, inabalável fica.

Restringido seu sentimento.

Perdem-se grandes oportunidades, perde sentimentos maiores,

mas nunca perde seu sonho, que é sempre sua vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Inabalável

 

Neste momento que passa, distraidamente, parceiro do tempo.

A visão que tenho e tudo que vejo é a realidade de outro mundo.

A presença da pressão se torna o maior argumento no fundo.

Assim a realidade, verdade mal dita ou incompreensão total.

Este mundo da vida que vido.

Vivo na vida meu mundo.

Tão grande e pequeno.

Tão cheio e vazio.

Tão partilhado e só meu.

Afim de a realidade tornar o objetivo da felicidade, o seu.

Felicidade joia, que está em frente.

A grande barreira avançada.

Eu aqui diante a esta parede, a coragem abalada.

A esperança que se deixa aos poucos se desfalecer.

E morrer sem volta.

Sem rumo nem ao menos uma porta.

O ódio sustenta parede.

A desistência parede, solução,

mas ao tempo exato as garras se armam para dura guerra, e da aparente inabalável, a grande pena, o grande sonho de toda vida.

A luta de todo dia.

A esperança vivida e as dores passadas.

Ao fim de tudo a destruição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Preserve a natureza

 

Visto ao horizonte quantas matas e florestas.

Que agora na cova jaz.

A natureza e o verde a paz.

As mudanças evoluções, as tristezas a pobreza que o desenvolvimento traz.

Grande, ó homem, que destreza, a morte faz.

Que vida, se desliga do viver.

Destrói a vida dificulta o dia a dia do ser.

A podridão da alma negra.

Abutre carniceiro doente que do natural foge a própria regra.

Ó minha mente se engana que raiva, gana.

Ó mente, gana, raiva minha que se engana.

Ó que se engana minha raiva, mente, gana.

Ó minha mente, raiva, se engana, que gana.

Ó minha mente, que gana, raiva, se engana.

Vida displicente.

Situação convalescente.

Visto ao horizonte um pássaro a cantar.

Que beleza diz o cantar canto a se acabar.

Já tarde tudo se escurece.

No horizonte vê-se a luz que desaparece.

O dia já termina.

A escuridão predomina.

Quem ao menos vê calado fica.

Não protesta nem reclama sua vida distinta.

Preserve, quando ainda há beleza.

Pois o sol dobra-se no horizonte e a noite vem, levando a natureza.

Poderoso pai

Se tenho algo na vida, foi tu que me deste.

Pai do infinito esplendor celeste.

Que cega o ser como peste.

Que por mim proferes.

O significado do meu viver.

Clamo, exclamo, clamo a ti.

Agradeço, reconheço, agradeço a ti.

O seu esplendor é tão grande.

De tão grande encobre o sol.

Sou pequeno perante vós.

Nem posso me igualar.

Em tempos atrás, disse a todos nós.

O mais pequenino será o maior perante mim.

É por isso faço tudo para estar.

Entre aqueles que estão junto a vós.

Relógio

 

Estou dando um tempo.

Ao meu tempo.

Por tempos.

Esperando os minutos passarem

Só irei sossegar quando estes pousarem.

E em fim.

As horas alcançar.

No termino do temo me acalmar.

Quando se perde um grande amor.

Aos gritos, injurias frente à porta crucial,

donde minha alma se inflama.

E vil palavra sarcástica,

que me chama.

O oprimido sou eu.

Que nesta noite clama.

Acendei a triste chama que se apagou.

Não faça sofrer quem te ama.

Pois irei morrer de amor.

Ó viúva minha, bela dama.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Realidade

 

Vendo nossas ruas.

Grandes cavernas sujas.

Que desilusão.

A tristeza sentimento, obsessão.

Esses pingos de gente.

Pingando em nossa frente.

Se foi seu carro.

Não vi mais minha carteira.

Levou a minha bolsa.

Vida de cachorro.

Nestas ruas sujas que rola.

Maconha, cocaína, crack, prostituição, nicotina.

A beleza que existe, a beleza da droga.

Digas agora se tem coragem de mudar essa obsessão.

Perdida tantas vidas, tão cedo.

Perdida a esperança, última que morre, no coração.

Se pergunta diz que não.

Não conheço nada disso.

Não conheço essa gente.

Não conheço este escuridão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lembrança

 

Lembrança da minha infância passada.

As manhãs nos campos, a alvorada.

A beleza de uma época passada.

Da liberdade hoje finda.

Para uma nova vida de seriedade começada.

Do lar sai para o mundo.

Com o compromisso, da vida do outro ir vivendo.

A voz que do céu chama.

Do alto o calor do sol.

Coração em chamas.

Aqui agora na mente a palavra que perdura.

O que ser nesta vida enquanto dura.

Lembro-me de você, inocente como nós.

Éramos duas crianças vivendo o amor a sós.

Hoje a visão sórdida dos olhos a se depararem frente a frente.

A ansiedade de beija-la, retê-la nos braços passa de repente.

Dei-me um sinal que me prove o que você sente.

Ama-me!

Deixa-me tela?

Respeita-me!

Saberei que para outro cheguei a perdê-la.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A chuva

 

Por que os raios fortes do sol declinam abrangentes sobre o braço de minha janela.

Tanta luz, meu dia.

Quanta escuridão, minha vida.

Procuro achar-me enquanto espero a chuva cair de novo, e a imensa escuridão tornar-se luz, minha vida.

Pois quando as águas deslizarem ao vento e por nossos corpos passarem.

Não chore eu estarei lá.

Os olhos que brilham na grande imensidão.

O rosto que reluz em meio a tanta escuridão.

O pranto que rola dentro do meu coração.

Por que o tempo não pode ser sempre bom?

Sei que um dia na chuva, nossos corpos molhados, nossas almas unidas, nossos corações e vidas, um só se tornaram.

Nossos sentimentos se construindo ao brilho da noite.

Pois o tempo é pouco, as vidas são curtas.

Na terra se vive, a cada dia, cada segundo, sugando ao profundo uma gota de esperança.

A felicidade se encontra quando as barreiras são destruídas e quando o medo se torna estimulo para prosseguir.

E se segue em frente.

Procurando seu futuro.

Achando em cada objeto, carícia, afeto.

O mundo que perdeu.

Pois só chegará ao final quem se construir com uma base impossível de se demolir.

No fundo só há uma matéria para essa construção realizar.

A qual todos têm acesso, poucos dela podem desfrutar, o nome dela é amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MEU MUNDO É VOCÊ

 

Singela, doce, pura, plena ternura.

Tu és a minha vida.

Faz-me sonhar em pleno dia.

É minha querida.

Mora em meu coração.

Que no mundo se possa encontrar.

Amor de minha vida.

Faz-me delirar.

Diante a tanta beleza,

que meus olhos podem contemplar.

A ternura de sua pele.

Como águas de um lago.

E o brilho de seus olhos.

Seus cabelos negros ao vento.

Deslizam como uma onda que invade.

Como uma seria me hipnotizou,

e agora não posso mais te deixar.

Se isso acontecer meu mundo de fantasia se destruirá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cruel momento

 

De repente insuperável e esgotado, o tempo para.

Por um momento fico pensando.

Pensamentos fúteis que outros têm e eu não intendo.

Fico no canto querendo desvendar o mistério calado.

Que fala, não cala um só segundo.

Já que o tempo espreita e as janelas gradeadas, gladiando a sua fúria sombria.

Tempo que acaba com esta que destrói.

Uma só aproximação da vida, melancolia.

A felicidade se baseia na plena compreensão dos fatos e pessoas.

Pois agora os fatos me confundem.

As pessoas me amedrontam com seus incompreensíveis segredos.

Minha vida neste dia, um só desejo, matar as saudades me libertar da liberdade imposta e não concedida.

Seguir o caminho, vencer o tempo, encontrar enfim a minha sina perdida.

Dependendo, e deste sempre.

O tempo, cruel momento que a direção seguida, ao andar, cada passo um espinho a cada segundo uma trapaça, e o tempo passa, não para, levando consigo o que abraçaste.

De estirpe e garbo, à frente o frondoso.

O que conseguirá do espaço, em seu ventre.

De repente a trepidante chama da escuridão abrasa minha alma, lembrando-se do meu eterno e único desejo que vagar sem parar nas grandes profundezas.

Procuro um colo e afogo minha incerteza em meio à grandeza do momento que vivo.

Derrotando com um sorriso a imensa tristeza.

Quero e creio em meu único pensamento, que se o homem não se integrasse a futilidade da razão que corrompe, encontraria, esqueceria o jamais e num só gesto teria a plena paz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sozinho

 

Agora sozinho, o pensamento longe.

Vejo a luz se apagar.

Sei realmente sozinho não estou nem vou ficar.

Ouço passos e vozes, vejo vultos e sombras.

Sinto-me mal e sinto gosto.

No escuro o teu rosto.

O pouco que tenho não é nada, e nada é o que tenho.

Tenho sim.

Esperança.

Talvez pretensão.

Este surdo, mudo, no escuro sem solução.

Pinto tudo e rabisco à pena.

Deleito com o vago e fugidio.

Mas não demonstro qualquer dor.

Passo o dia entre a fenda.

Deslumbro ao ver minha flor.

Um gesto apenas.

Morrerei de amor.

E, contudo não é tudo.

A cada instante provarei o sabor.

Mesmo passado é tão belo ainda.

Não perderei a beleza, pois esta nunca finda.

Não temerei o horror.

Falarei da beleza.

Andarei pelo mundo.

E no fundo contemplarei a transformação em rara escuridão.

Tornarei-me com sutiliza.

A fraca, bela compreensão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ó flor divina

 

Bela como ela não há.

Linda, tão linda.

Mais linda que ela não há.

Linda como o mar, o céu, o sol.

Que refletes seus raios sobre as águas límpidas e profundas.

Tal espetáculo multicor cega-me os olhos tal beleza.

Nem em todos os jardins podes encontrar coisa igual.

Nem flores mais lindas podem achar como tal.

Caio de joelhos diante teus pés.

Implorando, suplicando, ama! Ama! Ama-me!

Linda mais linda me ama!

Derrama sobre mim o teu esplendor.

Pois só de posse de seu amor.

Poderei viver.

Agora que me falta tudo, me faz a minha vida, sorte minha, encontrar.

Na vida somos todos iguais, como tais estamos sujeitos aos mesmos sentimentos.

Não importa a razão do mal ao pior, do paraíso a ruína, a distância é tão curta que se passa a um piscar de olhos.

Pois ao contar séculos a passar você pode ver.

De repente a grande claridade se escurecer.

Enquanto eu estou pensando outros estão fazendo, e quem sabe um dia eu estarei entre esses.

Talvez isso aconteça, ou seja, só minha imaginação.

O homem só será livre o dia que se libertar de si mesmo, pois é seu maior predador e juntos formam uma humanidade desumana que aos dias se destrói.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ela

 

À palhacinha alegre escrevo com dificuldade.

Falando um pouco do que está acontecendo.

Durante os dias, parado pensando, não tenho tempo.

O tempo me tem.

Passo momentos inteiros, dias, pensando em você.

Pois estás entre todas as coisas que faço.

Tenho desejos, sonhos que tento esquecer ou ao menos não pensar.

Mas você vem a cada objeto ou palavra que eu venha a tocar.

Lembro cada segundo, cada momento, cada gesto e até as coisas tristes que aconteceram.

Eu sinto que a razão se transforma dentro de mim.

Tudo agora tem seu objetivo e eu não sigo outra meta.

Nestes dias que passei eu pude perceber que o que quero é tão simples, basta que me esforce e tenha um pouco mais de paciência, o que é quase impossível.

Tudo se realizará ao seu tempo.

Já comprovei meus sentimentos e sei que são tão bons que não quero perde-los.

Uma pessoa só ama uma vez e nunca mais.

Eu descobri isto porque a intensidade do meu amor por você é incomensurável, sendo assim será único e eterno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nosso amor

 

No alto mar vejo as ondas às águas baterem.

O sol se por no horizonte.

Dos montes floridos da primavera, vejo as flores crescerem.

E do beijo dos pássaros se vão seu néctar precioso.

As fontes das águas, que correm ás cachoeiras, formando unida algo de grande, de estirpe, formoso.

Quero eu a natureza preceder.

Mesmo que não saiba como, já que tão complexa difícil de descrever.

Quero eu um dia poder gozar a vida, as grandes maravilhas, que aos anos foram se formando.

Quero que você, minha companheira, venha a mim e me queira, nós juntos sejamos como seres do mundo.

Vivendo o profundo das vidas que temos e pelos anos nos amando.

Mesmo que o mundo me diz:

_ Nem todas as estrelas brilham, nem por isso deixam de ser o que são.

_ Não é preciso ser noite par que o sol se esconda.

_ Não é preciso que você me compreenda, mas vê se não me abandona.

Quem a ti és fonte de amor.

Quem a ti sofre o temor.

Quem de ti sempre há de ser enquanto viver.

Por ti ter e poder.

Tudo em nome do nosso amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por deus

 

Quando a vida vai de encontro ao abstrato, a realidade se torna insuportável.

Quando a mente acredita e nesta a felicidade transborda.

Os grandes animais maiores nos revelam que o abstrato nunca tornará.

Com as presas afiadas, palavras meigas, doces olhares, nos induzem para nos devorar.

Se ao escapar piso por sobre alguns não vejo, pois só percebo serpentes aos meus pés.

Todos os sentimentos se confundem, e a mínima chance não iria exilar.

Destruirei a vida que morte se torna, tornarei da minha morte uma vida.

Quando uma última, pequena, raiz me resta a segurar, não êxito.

Quando tudo me falta não choro, pois minha determinação diz que eu nunca me faltarei.

E se tudo faço, atos que a cada dia realizo, podendo agradar, mas está previsto.

Minha vida segue uma estrela que nem conheço.

Meu futuro segue seu rumo dentre as que vagam por caminhos tortos e leis certas.

Se alguém me entrega seu coração, nele eu habito, visto que há compreensão.

Se si colocam a minha frente, mudando minha direção, seguirei meu caminho e que se cumpra minha realização.

O que Deus quiser.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Indecente

 

Não sei por que, mas agora paro para escrever sobre minha vida.

A personalidade que tenho razão furtiva se uma crosta que se forma a cada dia.

Nas barreiras limites, na vida, prescrições de uma rotina.

Não digo é enganosa, porém a meu ver foge ao normal esperado.

Não me limito a compreender, mas não posso fugir aos meus princípios, meus ideais.

Ideias que um sonho trás.

Realizações que não viverei jamais.

Venho a me enganar, durante muito tempo, só sinto o porquê, parece que a guarda imperial dos sentimentos pesa sobre determinadas pessoas que me inibem, me privam de ser alguém.

Nessas barreiras da existência intransponível eu me encontro, tentando pelas frestas, observar alguns metros além.

 O que me pesa sobre a cabeça, uma razão algo diferente, não se explica.

Nesta selva de animais sanguinolentos, abruptos a realidade.

Debatem entre si.

O menor procurando devorar o maior.

Caindo assim na imponência e sagacidade dos turistas a observar.

Minha vida se alivia a cada afago como animal.

Perturba a cada palavra mal dita, a cada gesto desta sociedade indecente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imensidão

 

Num raio que raia ao mesmo transforma.

O ciúme perfume somente.

A luz reluz tradicional independente.

Na alma cortada, partida por um só suspiro.

No fundo que grita e perdido se encontra, este não grita, mas o grito grita e se perde em seu encontro.

Só coração único perdido por si e se encontrado na esperança.

Esperando que de força a liberdade se conquiste e a alegria em si cresça.

Metódico e impuro.

Perturba-se a um só pensamento, dentro deste a vida que conquista alicia-se e pergunta.

Tanto há que seu sentido contrário se encontra.

Mesmo que foges a compreensão por um só segundo queria eu entender a solidão.

O sentimento bom que muda mudança ruim que chora choro negro que escurece.

Escuridão que transforma o bom, ruim, em negro e se perde na imensidão.

E neste se esquece de ouvir a sua voz, esquecendo sua identidade.

Perdendo tudo por último da vida, a certeza do fazer e poder, perdendo ao acaso sua lealdade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Me amor é como uma garoa

 

O amor é como uma garoa que cai, cobre todo o meu ser.

Vem assim de mansinho e encharcado está quando vem a perceber.

Queria eu a garoa ser.

Para cair sobre seus braços.

Seus encantos.

Confundir-me com o pranto que dos teus olhos desce.

O brilho mais bonito da luz que posso ver.

Invade-me sentimentos da fria manhã.

A garoa caindo, sorrindo para mim.

Você está longe, tão perto assim.

Você me confunde.

Aparece e some no fundo dos olhos.

A garoa caindo, o amor cobrindo tudo de leve se vai.

Eu aqui sozinho esperando.

Até que me mundo na realidade cai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilusão

 

Bate agora, ouço ventos sem parar.

Cai e ninguém pode segurar.

Arranca e não se vai suportar.

De um lado ao outro se chega ao extremo.

Um corvo apaga a luz e tinge o branco, negro.

Dantes já agora me afoga e jorra.

Sempre muda e perturba, transborda a água desta jarra.

Se não acredita.

Há verdade dita.

Dita a verdade e não acredita.

Foram tantas mágoas nestas águas que deságuam nesta linha desta régua direita.

De repente esta névoa se despreza.

A visão se desvaira a perder-se pelo mundo.

Um só sonho perdido e relembrado que não esquece nem confundem preso à realidade no fundo.

A perdição da própria condição.

Vem vagando e se perdendo na imensidão.

Um só gesto se desprende para mudar essa fundição.

Não pode, pois preencher o coração.

Criada é difícil, imaginada pior, porém realizada se torna o princípio da furtiva ilusão.

Neste muitos vultos da crendice.

Morte e vida deixam a luz, não se realizam e se confortam abraçando a escuridão.

Perdendo qual água, o sangue, a força que movia seu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fatos

 

De repente uma luz cruza o céu, seu brilho radiante a transpor a imensa escuridão.

Voluptuoso, ofegante, transborda algo novo em meu coração.

Visto ao longe que foge aos olhos, universo grandioso.

Linhas se encontram delimitando formas sutis.

De estrema compreensão, formando o grandioso.

Ó torpe dia, foge a convicção mortal.

Beleza que exprime a forma, complexidade que inibe astúcia fatal.

Diga, pedes algo a dar-te.

Não poderei, pois ao futuro me faz parte.

Se tempos decorrentes.

Pedir não precisa, terás tudo que queres.

Ao futuro espero, promessa feita a mim.

Só no tempo certo viverei sonhos que sonhei, enfim.

Tudo sabe.

O que tu sentes.

Também sito.

O que tu pensas.

Eu pensava muito antes, mas agora os fatos impedem presença.

Agora e sempre, juntos sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O revelar do ser

 

A luz que ao me refletir detém todo meu poder.

Porque não consigo ver?

Por trás da minha força interior há algo maior.

Meus sentimentos se confundem, não posso intender.

Uma força maior me domina, não se pode dizer.

Às vezes olho par alguma coisa, mas não posso enxergar.

Meu olho no olhar.

Vendo o que outros não podem observar.

Não existe razão para ser, como viver.

Neste mundo que corrompe o ser.

Que ao mínimo, a mim, quer matar.

Não mais vivi, mas subsisto ao existir.

Não mais posso amar.

Mesmo que possa me revestir, meus sentimentos não podem se realizar.

Hoje a vida vem a mim, faltar.

Meu eu não considera existir.

Não consigo me transformar.

Deixar a todos, não ouvir ninguém.

Amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu amor

 

A frente pendente, luz.

Candente raio mortal.

Ó bela que sega flor.

Sega meus olhos.

Ouvi cantigas aos sons e lindas letras que pude encontrar.

Agora ouço o mais lindo som que há.

Fluem da boca, eterna, terna e suave, mel.

À face os traços mais belos, delicados.

A pluma ou brisa matinal dos campos floridos, a pele.

Formosa forma, afoga e envolve água.

A perfeição se encontra afinal sobre terrestre ser.

Ao ver tão doce encanto, céu, fixei-me.

Duas estrelas fulgurantes a me hipnotizarem.

Sentimentos e gestos brandos, ar.

Contemplei seus encantos, não pude suportar.

O desejo maior é poder entender e realizar o que sonhei.

Viver.

Falar com você.

A teus gestos entender.

Meu coração você compreender.

Libertar afinal de tão grande dor.

Amor.

Meu amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sacia-me do teu ser

 

Devo admitir que em pontos enganasse no fundo.

Não há coisa mais bela neste mundo.

Não se descreve tal fenômeno natural da mãe natureza.

Não admite nomear de beleza tais formais perfeitas.

Destrói o ser não deixa mais viver.

Tão profundo são seus olhos.

Brilham como estrelas.

Teus cabelos envolvem como onda, deslizam à leve brisa, encantos do meu padecer.

Dos lábios a flor desabrocha.

Beija-flor queria ser para sugar de ti o doce mel que mata meu desejo.

De ti saciar a minha sede.

Queria a ti o verbo amar conjugar em todos os tempos.

Parar a contempla-la séculos como minutos.

Tua forma me invade, fascina, delira.

Os sonhos que sonho, presente estás, minha vida somente para sempre reinais.

Ó doce amanhecer quero a ti minha vida perder, doar minha vida, amar-te e para sempre podê-la ter.

Ó meu amor, amada minha.

Vida minha vida, destino meu.

Minha sina, meu amor.

O meu eu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mente assassina

 

O teu semblante juvenil de olhos sombrios e sorriso sarcástico.

Imprudente pretexto, no fundo, segreda de um futuro só seu.

Do semblante germina a semente que espera e será, o que havia e há de ser, o termo começo meio e fim.

Todos o cercam pobres em vão, nunca deterão seu plano formado.

Da noite aspira à mente assassina ou doce, prudente, a todos engana, corrompe e fascina.

Não há triste sina viver isolado, um cachorro, num canto jogado.

Um lixo largado no canto encostado.

Só tem a si mesmo até que este lhe falte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Minha estrela está no céu

 

Na imensidão do céu brilha uma estrela.

Que é toda a minha vida, eu não resisti.

Até hoje não me conformo.

Comporto uma grande mágoa que me invade a alma.

Nas noites agitadas de domingo ao som máximo.

A estourar o ouvido eu olho para as estrelas procurando a que perdi.

E na cascata das águas salgadas que rolam para o mar.

Há uma gota de uma lágrima que verteu dos meus olhos, a última vez que eu a vi.

Até hoje guardo este sentimento e as angústias que sofri.

Quando a solidão aperta não tem outro jeito, eu tenho que fugir.

Passo as noites embriagado, o álcool ao meu lado, sem ele não iria resistir.

Minha vida não é mais nada.

Assim procuro joga-la fora.

Meto-me em confusões, as piores me envolvi.

Procuro na escuridão encontrar a luz da estrela que eu nunca mais vi.

A morte agora é a solução para eu ficar junto do amor que um dia, para os céus, eu perdi.

Dou a vida, o meu fim, para o começo, e poder nos braços tê-la de novo.

E do amor que ela tinha por mim.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imperfeição

 

Por que dizes isto a mim?

A perda da própria vida se devaneia às veias, aos sorrisos sarcásticos de tal maneira não há saída à beira de tanto mal.

Não há nada no mundo que faça um homem pensar, incrédulos que pisam seus sonhos.

Mesmo vendo que inesgotável jorra o pranto aos seus olhos.

A mente deste germina sua banal flâmula.

Lembra-se do mal e o que sofreu.

O que perdeu não é tudo.

Não se tira nada de quem não o detém.

Por que razão criticar os modos dos outros com vã atitude repleta de tanto mal?

Não é merecedor da vida que tem, pois não daria um vintém ao sorriso de quem foi imperial.

A vida pode ser tudo em uma fração, seguido apenas segundos, pura felicidade.

Para a plenitude dependemos da questão de nossa liberdade, tão almejada, cobrada a preço mortal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Precisa escuridão

 

Face da escuridão que conheço ao tempo vagar.

Conhece meu segredo, mas não vem a se importar.

Sabe que suplico algo de ti ganhar.

Ó por que, por que...

Sei que tu defines entre tudo que há.

As belas flores do jardim, o pôr-do-sol, o céu, seus astros radiantes à grande retidão.

É a mais bela das artes, escultura face, obscura precisão.

Ó por que, por que...

Peço uma coisa só.

E só o que quero, por maior seja, suplico, á ti vem sobrar.

Digas uma só palavra facial pronunciar.

Ó por que, por que...

No mundo não se encontra cosia mais bela, que faz a natureza com tal precisão.

Diga apenas o que o meu coração anseia falar.

De seus lábios proferir o doce som ressoar.

Ó por que, por que...

Porque ò amada minha?

Tua forma faceira não sustenta meus desejos?

Anseios de um infeliz.

Ó sacia-me, venha a mim, diga o que estou a esperar.

 Conjugue com precisão, o tempo e modo, pessoa, ocasião, diga agora ou nunca mais.

Diga, imploro, me diga.

_ Vou sempre ti amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amor

 

Há muito eu sentia.

Aqui a paz reinava.

Calmo era tudo.

Até que a temerosa doença veio assolar.

Silenciou meu cantar.

Qual pássaro preso não pôde libertar-me.

Derrubaste pedra a pedra a muralha íngreme que detinha.

Algo assim que vem como paraíso, lugar aonde os sonhos vêm a se tornar reais.

Denomina, mas que a peste transporta.

Invadindo o ser, corrompendo por dentro.

Deixando ao solicito se acabar.

Aos prantos se enterrar.

A terra o consome, cova mais funda não há.

O prazer e a felicidade são raros.

A tristeza reina, jorra como raio de sangue inesgotável.

Poucos sobrevivem a tal fúria insuportável.

Muitos a vivem.

Ninguém desta pode escapar.

Seja quem for onde estiver.

Se pega na vida não escapa, todos o esperam.

Porque tal mal corrompe fascina, ninguém sabe explicar.

Todos o querem viver e ao mesmo escapar.

Tal mal, beleza, obra prima.

Sem diferença a todos se denomina, em letras de destaque pode se encontrar.

À pena, palavra pequena, fácil para parede, papel se traçar.

Resume-se em um verbo apenas.

“Amar”!

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O fim se faz o começo.

No vento e dispersa.

O homem se faz quando reconhece seus sonhos.

Na sua realidade torna vida sua felicidade.

 

 

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